Andei assistindo: Sherlock: 1x01 - Study in pink



“Sherlock” é uma minissérie britânica da BBC que ambienta o personagem mais famoso de Sir Arthur Conan Doyle no século XXI. Assisti somente ao 1º episódio, mas gostei tanto que decidi comentar cada um por aqui. É tão chato saber que são só 3 nessa temporada...graças a deus que renovaram!!

Ouvi em algum lugar que Cumberbatch
pode regenerar um certo Doutor...
Enfim, vamos ao que interessa: O nome do episódio faz óbvia referência ao livro“Um estudo em vermelho”, mas não tenho certeza se tem alguma base nele. Uma espécie de “suicídio em série” começa a acontecer em Londres, com pessoas sem qualquer ligação entre elas. Sherlock Holmes trabalha em casos impossíveis para a polícia de graça, por puro prazer. Os federais não gostam da sua presença, mas não vêem outra saída senão chamá-lo. O detetive, morrendo de ansiedade para investigar, leva junto o seu mais novo colega de quarto, John Watson, um homem complicado, que há pouco tempo voltou traumatizado da guerra no Oriente Médio.

Só pelo piloto já dá para afirmar que a série é viciante. O episódio realmente te prende na tela, é difícil de desviar a atenção. O ritmo, além de envolvente, é muito rápido, e muitas vezes eu até tive que voltar para rever algumas cenas e entender direitinho como Holmes chegou em algumas conclusões (mas o problema foi meu, sou lerda mesmo).

Não sei se é necessário, mas aviso para tomar cuidado com as legendas. Elas voam tão rapidamente que é possível você se esquecer de olhar para a cena.

O único defeito que eu achei foi o tempo de duração. 1h30 é muita coisa, um filme praticamente. Mas é compreensível, já que era planejada a gravação somente dessa temporada. De qualquer jeito, mesmo com a empolgação da “awsomenidade” (amei essa palavra!) do episódio, ele é meio cansativo.

Eu adorei como o roteiro mexe com computadores e mensagens de texto para desenvolver a história, e ainda mais como é mostrado nas cenas, com textos aparecendo do lado dos personagens. E também é muito legal como, quando parece que não tem mais nada, nenhuma informação para ser comentada, mais coisas aparecem, só para deixar o espectador ainda mais surpreso e atento.
Demorei eras para perceber que ele
um dia foi Arthur Dent.

Mas o melhor desse piloto é mesmo a atuação de Benedict Cumberbatch como o Holmes. Ele encarnou direitinho o personagem que eu enxerguei no único livro de Doyle que li. Frio, sarcástico e rude na medida certa, além de ter uma voz muito bonita. Ele é realmente muito sexy para um sociopata. Martin Freeman também fez um bom trabalho como Watson, eu achei bem legal a construção da relação dos dois. Também gostei muito da insinuação gay entre os dois, muito hilária!

Algo muito interessante é que o episódio foi escrito por Steven Moffat, um grande fã de Dotor Who que ganhou vários prêmios pelos episódios desse seriado que escreveu. Também vi em algum lugar que ele renovou a série para melhor na 5ª temporada. Não sei de nada, ainda estou no comecinho da 2ª temporada, mas só pelas histórias que ele escreveu na 1ª, “The empty child” e “The Doctor dances”, afirmo que ele é um ótimo roteirista.

Termino a resenha com o melhor diálogo desse piloto (com certeza um dos melhores que já assisti):

Watson: Conheci um amigo seu.
Holmes: Amigo?!
Watson: Inimigo.
Holmes: Ah, qual deles?
Watson: Seu arquiinimigo, segundo ele. As pessoas têm arquiinimigos?
Holmes: Ele te ofereceu dinheiro para me espionar?
Watson: Sim.
Holmes: Você aceitou?
Watson: Não.
Holmes: Que pena, a gente podia dividir. Pense melhor na próxima vez.

Comentários

  1. Oi Lizzie.
    Você não está mais no mundo dos blogs. RS.
    Gostei do texto, ficou bem legal e atingiu o objetivo que era recomendar a série. Agora estou com vontade de ver. Tenho a edição definitiva das obras do Sir Arthur Conan Doyle mas ainda não li quase nada. kkk
    Beijos.
    Francisco - oliterata.blogspot.com

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  2. Obrigada Francisco, fico muito feliz em saber que incentivei alguém a assistir à série! E leia as obras do Sir Doyle sim, só pelo protagonista elas com certeza valem à pena.
    Abraço!

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